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Publicado em 28 de novembro de 2022

Autismo: Os desafios que esses alunos enfrentam.

Alunos com Autismo ou TEA (Transtorno do Espectro Autista), apresentam características variadas que comprometem desde as suas relações e interações com outras pessoas até a sua linguagem, necessitando assim apoio no seu processo de aprendizagem em salas de aula regulares. Educar uma criança com autismo é uma tarefa desafiadora, tanto para os pais quanto para os professores.

Muitas crianças com TEA enfrentam dificuldades significativas na escola e, consequentemente, durante todo o seu processo de aprendizagem. A inclusão de alunos autistas nas salas de aula pode trazer um grande desafio não somente para o professor, mas também para os colegas que irão compartilhar da mesma convivência. No entanto, existem muitas maneiras de superar esses desafios e tornar o ambiente escolar mais acolhedor e agradável para todos.

Mesmo com algumas limitações, esses alunos precisam e devem ser inseridos no ambiente escolar, pois é lá que os mesmos serão estimulados e preparados para viver em sociedade.

É dever da escola, dos pais e da comunidade contribuir para que ocorra todo esse processo e que ele seja o mais assertivo possível na vida da criança. 

Criança Com Tea

É importante ressaltar que essas dificuldades enfrentadas pelos alunos com TEA, principalmente o fato de que eles não possuem a mesma capacidade de interagir.

E se relacionar, e raciocinar o mundo ao seu redor com a mesma percepção dos outros colegas, acabam afetando o seu desenvolvimento em vários outros sentidos. 

Episódios de auto-isolamento, fobias, perturbações de sono, problemas na alimentação, crises de birra, agressividade ou auto agressividade, são apenas um dos problemas que podem se manifestar caso não seja feito um bom acompanhamento por parte dos docentes e outros profissionais da saúde.

Essa inclusão, muitas vezes, gera estranhamento por parte dos colegas, o que acaba construindo uma imagem distorcida da criança autista.

Isso mostra também a dificuldade que o professor tem em dar a sua aula sem comprometer o aprendizado do restante da turma e por isso, cabe ao mesmo buscar e adequar sua metodologia para atender as necessidades de um todo.

Quando a escola recebe uma criança com dificuldades em se relacionar e se comunicar, seguir regras sociais e se adaptar ao novo ambiente, esses comportamentos acabam sendo confundidos com falta de educação e limites. E por falta de conhecimento, alguns profissionais da educação não sabem reconhecer e identificar as características de um autista, principalmente os de alto funcionamento, com grau baixo de comprometimento. Infelizmente os profissionais da educação não são preparados adequadamente para lidar com crianças autistas e a escassez de informações dificulta todo o processo de aprendizagem dessas crianças. (Santos, 2008, p. 9).

O professor e a escola, nesses casos, precisam estudar ideias onde irão desenvolver uma rotina com o intuito de acolher essa criança para que ela possa construir sua própria autonomia e consequentemente melhorar suas habilidades individuais, além de dar espaço para uma boa relação entre aluno, colega e professor.

Criança Com Quebra Cabeça

Igualmente existe uma série de tratamentos, para o bom desempenho do aluno autista. Esses tratamentos necessitam de profissionais especializados, como fonoaudiólogo, psicólogo, terapeuta ocupacional infantil, até outros profissionais na área da educação.

Assim também alguns pontos extremamente importantes nas escolas devem ser mencionados para que seja construído um ambiente em que todas as crianças autistas possam conviver da melhor forma possível com seus colegas, como:

  • Iniciar a inclusão na escola comum ainda na educação infantil;
  • Inserção da criança na escola com idade igual ou com mínima diferença das demais;
  • Capacitação para professores e funcionários;
  • Aceitação da turma e do professor;
  • Orientação e participação da família no ambiente escolar e demais atividades rotineiras;
  • Pedir para que seu aluno olhe sempre nos seus olhos;
  • Coloque-o sempre o mais próximo de você;
  • Utilize recursos visuais, coloridos, que chamem atenção;
  • Manter o máximo possível a rotina da sala e da escola;
  • Bem como estimular amizades;
  • Repetir atividades para a criança poder acompanhar e compreender o que está trabalhando;
  • Elogiar sempre que se destacar;
  • Regras e disciplina bem estabelecidas, como as demais crianças;
  • Não diferenciar obrigações e direitos das demais crianças.

A inclusão é indispensável para o desenvolvimento intelectual e físico dessas crianças. Assim como, existem muitos outros bloqueios a serem superados antes de se atingir de fato, a verdadeira inclusão. É preciso entender as particularidades do autismo e criar ambientes, metodologias e currículos adaptados que garantam o sucesso educacional desses alunos.

Assim também a educação escolar é uma das maiores ações para desenvolver uma criança autista. É através dela que o aluno pode aprender tanto matérias acadêmicas quanto atividades do cotidiano e vivências. Essa aprendizagem com certeza não é fácil, porém é fato que com dedicação e amor.

Essas crianças podem alcançar uma vida mais independente e com qualidade.

“A inclusão começa pelo desejo de incluir. A aprendizagem é um a um, são experienciar suas próprias características, interesses, habilidades e necessidades, independentemente do seu diagnóstico ou mesmo do seu rótulo”. 

Jane Patrícia Haddad 

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