Atendimento psicológico para LGBTQIA+: a importância de falar

O processo de aceitação da orientação sexual pode causar pressão psicológica e para lhe ajudar a passar por essa fase e aproveitar a vida da melhor forma, o atendimento psicológico tem papel fundamental nesse processo. Veja como a psicologia pode ajudar a comunidade LGBTQIA+.

Seja por expectativas dos pais e amigos ou por questões internas, assumir a própria sexualidade e entender o próprio gênero está cada vez mais complicado.

Desde 2008 o antigo termo LGBT, usado pela ONU, virou LGBTQIA+. A sigla significa lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queer, intersexo e assexuais. O símbolo de mais (+) representa outros grupos e variações de sexualidade e gênero. Mas antes de mais nada, o que significa cada palavra dessa? Leia e descubra!

Entendendo os gêneros LGBTQIA+

Antes de entender o papel do apoio psicológico para a comunidade LGBTQIA+, separamos alguns nomes e suas definições nessa sigla.

Lésbica: mulher que se sente atraída por outras mulheres.

Gay: homem que se sente atraído por outros homens.

Bissexual: pessoa que sente atração por homens e mulheres.

Transexuais: pessoas que não se identificam com o gênero que foram designados ao nascer.

Queer: na tradução ao pé da letra, o significado quer dizer “estranho”. O termo antes era usado como ofensa, mas a comunidade LGBTQIA+ se apropriou e hoje ele é usado para designar todos que não se encaixam na heterocisnormatividade (imposição compulsória da heterossexualidade e da cisgeneridade).

Intersexual: pessoa que tem características (genitália e aparelho reprodutor) sexuais femininas e masculinas.

Assexual: pessoa que não possui desejos sexuais.

Quando falamos de identidade de gênero (a forma que uma pessoa se entende como um indivíduo social), existem diversas outras nomenclaturas. Cada uma tem suas características específicas. Antecipadamente, lembre-se que o mais importante é que, independentemente dos nomes, você deve respeitar como cada pessoa se identifica e como ele se autodenomina.  

Papel da psicologia na área da sexualidade

A descoberta da sexualidade é um período natural que acontece de forma individual para cada pessoa. É um período de descobertas e não deveria ser um tabu. Mas alguns grupos têm passado por essa fase de uma forma mais pesada, com dores e cheios de dúvidas. Se não tratados, esses sentimentos podem causar marcas pelo resto da vida.

Você tem que entender em primeiro lugar, que ser homossexual, bi ou transsexual não exige nenhum tipo de tratamento por ser errado ou diferente. A diferença aqui está em tratar os sentimentos que vêm relacionados às descobertas. Situações rotineiras como uma simples ida ao banheiro podem levar uma pessoa à crise pessoal e a reprimir seus sentimentos. Quadros de ansiedade, mania de perseguição e depressão intensas podem ser desenvolvidas com o passar de anos de convívio com os próprios sentimentos.

O atendimento psicológico para LGBTQIA+ visa propor um espaço onde cada pessoa consiga, em primeiro lugar, entender a própria sexualidade. E isso deve ocorrer como uma forma natural do desenvolvimento. Em segundo lugar, esse apoio ajuda a integrar o indivíduo na sociedade com sentimentos bem definidos. A psicologia ajuda a entender ainda sua personalidade e como isso impacta nas tomadas de decisão. Dessa forma, o objetivo é sempre focado na reestruturação do estado emocional.

Além disso, o profissional pode ajudar qualquer pessoa da comunidade LGBTQIA+ a se aceitar e, em palavras do senso comum: “sair do armário”. Para essas questões, são trabalhados pontos de autoconhecimento, expectativas e toda a rede de suporte. Se aceitar é o ponto principal para seguir em frente.

A importância de falar

Desde muito cedo alguns pais e parentes começam a pressionar crianças com as típicas frases: “ela é sua namoradinha?”, “você é menino, tem que brincar de carrinho.”, ou ainda “usar azul é para meninos e não para uma mocinha”. Crescer tendo que cumprir expectativas não é o natural. Deixar de usar algo que você gosta porque alguém disse que é “errado” também não é. Fazer coisas dadas como “fora do padrão” ou escondidas não é uma forma de viver. Passar por isso no dia a dia pode causar traumas. A possibilidade de decepção para pais e amigos é uma pressão sofrida por muitas pessoas da comunidade LGBTQIA+.

Não atender a todas essas expectativas causa sofrimento psíquico e social. A situação piora quando quem deveria acolher e apoiar, não entende a situação. Desse modo, falar é uma forma de amenizar essa angústia e se aceitar. Estar em um lugar seguro e acolhedor é essencial para o crescimento psicológico. E não pense que é só deixar para lá. Jogar assuntos como sexualidade para baixo do tapete não ajudam e ainda aumentam sentimentos de solidão e tristeza.

A salz Clínica apoia essa causa

Homofobia é crime! Queremos fazer toda a população entender que as pessoas da comunidade LGBTQIA+ não são doentes e não precisam de tratamento. O apoio psicológico serve para dar suporte e ajudar em questões internas. Todo preconceito é violência e causa sofrimento. Respeite a diversidade de orientações sexuais e identidades de gênero.

Se você conhece alguém que precisa de orientação, procure ajuda da salz Clínica. Temos especialidades multidisciplinares que podem ajudar. Veja a lista completa das especialidades no site. Aceitamos diversos convênios.

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